Primeira Carta Náutica aos Marujos

O mar está revolto e as ondas não cessam em balançar a nossa embarcação, o “Seas of B3”. Quando achamos que o tempo ficará calmo e propício para seguirmos nossa viagem mais tranquilamente, uma nova tempestade surge de repente trazendo novas incertezas de como serão os nossos próximos dias.

Nosso Comandante parece estar disposto a guinar a proa em direção às nuvens mais escuras, aonde certamente estão as tempestades ainda maiores, ficando evidente que a possibilidade de uma estiagem e consequentemente a calmaria ainda é uma realidade um pouco distante para todos nós. Os comissários no convés parecem não entender tal manobra aparentemente arriscada e o criticam incessantemente causando ainda mais inseguranças e preocupações aos passageiros, leigos sobre climas extremos.

Uma manobra tão ousada, ao ponto de colocar em risco toda a embarcação, seus passageiros e tripulantes, precisa ser muito bem calculada, deixando de lado a emoção e o medo, mas necessita uma lógica racional e uma noção de azimute cirúrgico de quem está com as mãos no timão e não se trata do Corinthians e sim do volante do navio! O Comandante parece sinalizar, com sua vasta experiência em mares revoltos, que desviar de tais tempestades rumo ao tempo mais limpo, pode não ser o caminho mais seguro, menos oneroso e traumatizante para todos na embarcação.

Sim, o Comandante parece estar disposto a seguir pelo caminho mais difícil e revolto com sua experiência de outros mares e diante dos exemplos dos Comandantes que optaram pelo caminho mais fácil, mas que trouxeram prejuízos exorbitantes tanto para as embarcações quanto para os passageiros em geral.

A questão é: Você que já está em alto mar, embarcado no grande “Seas of B3”, está preparado para transpor tais ondas e aguentar as consequentes náuseas? A certeza que temos é que, quando as tempestades cessarem o sol voltará a raiar assim como sempre raiou depois dos insanos climas que essa embarcação já suportou anteriormente e podemos afirmar com certeza que, o “Seas of B3” tem o casco extremamente forte e aguentará firme qualquer solavanco, seja ele qual for, mas se você não controlar seu medo e náuseas o que fará? Sua única saída será tentar fugir e se consolar com um pequeno bote salva vidas inflável, mas lembre-se: o mar está repleto de tubarões e seu pequeno bote, que lhe restou de suas economias, certamente não aguentará por muito tempo as ondas de mais de 20 metros de altura e se você virar, será violentamente devorado.

Sabe o que será ainda mais frustrante lá na frente? Você, mesmo que “devorado”, conseguirá ver que aqueles que aguentaram firme as tempestades e acreditaram na resistência e segurança do grande “Seas of B3”, mesmo que o Comandante tenha agido com irresponsabilidade, de um jeito ou de outro todos chegaram são e salvos em terra firme e mais: não só com suas reservas intactas, mas com excelentes “bônus vouchers” das Companhias de Viagens pela coragem, foco e determinação.

E aí, vai prosseguir a viagem ou vai se contentar com um pequeno bote inflável?

Leonardo Gusela.

Leonardo Gusela é investidor e sempre foi um entusiasta do mercado financeiro. Administrava grandes perfis de redes sociais e voltou agora com textos para o nosso blog e também com podcasts em seu canal.


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Podcast: https://anchor.fm/mastermindpodcast

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7 respostas

  1. Belíssimo texto Gusela , venho aprendendo muito nesses 2 anos no renda variável , saiba que tem parte nisso tbm gratidão sempre.
    Obrigado por indicar o Barsi

  2. Leonardo Gusela e Barsi, ensinam o poder do longo prazo na B3.

    O Tempo, os players jogam apertando as margens quem entra alavancado e acabam vence do no piscologico.

    Leonardo e Barsi, mostram que o estudo da empresa, do gerenciamento de risco seja com grande capital ou pequeno e possível vencer na B3.

    Paciência, planejamento, estudo, e confiança o lucro vem e vem bonito.

    Parabéns!!!

  3. Excelente texto para a situação atual que vivemos. Vou continuar no barco, até chegar em terra firme.

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